Na Hipermídia

Blog de produção da disciplina Produção e Edição Multimídia, do Centro Universitário UNA. (prof. Jorge Rocha)

Censura is back??

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Falha nossa!

Uma das edições do antigo Falha de São Paulo

Nos últimos meses o tema liberdade de expressão e liberdade de imprensa tomou conta das discussões gerais. Do bar ao twitter, a questão foi debatida, levantada, analisada, avaliada por especialistas ou não sobre o assunto. Todo esse reboliço depois que a Folha de São Paulo, o jornal mais lido do país, entrou com uma liminar na justiça pedindo a retirara do ar do site “A falha de São Paulo”

O site “era um site humorístico de critica à Folha de São Paulo. Utilizando de um nome parecido e estética gráfica semelhante ao jornal, o internauta podia criar sua própria manchete da “falha”.

A “Falha de São Paulo” foi acusada pela jornal de uso indevido da marca “Folha”, “A Folha faz editoriais e mais editoriais defendendo a liberdade irrestrita de expressão e, quando um pequeno blog critica eles de forma bem-humorada, recorre a um gigantesco escritório de advocacia e vem com ameaça de multa e pedido de indenização.” critica o jornalista Lino Bocchini

Lino Bocchini é co-criador do site “Falha de São Paulo”, junto com seu irmão Mário Ito Bocchini, programador e designer. O domínio estava no ar, há duas semanas até a liminar da justiça. Segundo a liminar concedida pela 29°vara civil de São Paulo, o site deveria ser retirado do ar no dia 5 de outubro (data da liminar) correndo o risco de receber uma multa diária de mil reais.

De acordo com Lino Bocchini logo após receber a liminar todo o conteúdo foi retirado do ar, ficando apenas  a reprodução do documento de suspensão do site. “Na segunda, no primeiro dia útil após o recebimento, derrubamos o domínio por completo. E, mesmo que não tivéssemos feito isso, uma segunda liminar foi enviada ao Registro. br, órgão que cuida do gerenciamento de todo os endereços terminados em. br. Ou seja, mesmo que não quiséssemos, seríamos tirados do ar a mando da Folha.” comenta Bocchini.

Segundo o comunicado oficial assinado pelos irmãos Bochini, no site Falha de São Paulo, o ato da Folha de São Paulo foi “ato de violento de censura”.

Veja abaixo o vídeo de Lino Bochini comentando sobre a liberdade de imprensa no Brasil:

Maria Rita Kehl e a censura 2- O retorno

Censurada ou não?

O professor de historia, Wagner Borja fez sua primeira assinatura do Estadão no inicio de 2010. Mas depois de alguns meses decidiu cancelar a assinatura. O motivo foi à demissão da articulista Maria Rita Kehl do Estadão. Kehl foi demitida do jornal após redigir um artigo favorável ao presidente Lula.Segundo a colunista a demissão foi um “delito de opinião” entre ela e o jornal.

Borja critica a postura do Estadão “Um jornal tem todo o direito de ter posição, de assumir que apóia um determinado candidato. Porém o Estadão, fez sua história defendendo a liberdade de expressão, a liberdade de opinião. Ao demitir uma articulista que assina suas matérias, portanto não se confundem ‘com a posição do jornal’, há uma clara intenção de impedir que o contraditório tenha lugar nas páginas do jornal”, comenta o professor de Historia.

Ainda indignado com a posição do Estadão, Wagner Borja decidiu apelar para o Twitter, na tentativa de cancelar por assinatura.“Ao demitir a colunista o jornal simplesmente abriu mão do debate e assumiu um corte autoritário e na minha casa autoritários não tem vez nem lugar.”, critica Wagner Borja

O diretor do Estadão Ricardo Gandour em entrevista afirmou: “Não houve censura, a coluna saiu integralmente, sem mexer em uma vírgula”. E os nervos estão à flor da pele internet…


Leia o artigo:A repercussão do “falha de São Paulo” e a demissão da Maria Rita Kehl no Twitter

#gr7 Marcos Oliveira e Matheus de Azevedo

Written by naintegrabh

outubro 15, 2010 às 5:37 am

Uma resposta

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  1. […] meu cachorro não precisava ter aparecido no quadro final do depoimento, mas tá valendo. A cobertura do pessoal do centro universitário UNA, de BH, teve até o vídeo […]


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